Os azulejos originaram-se no Oriente Médio, atravessaram o norte da África e se fixaram em Portugal como uma expressão artística local. Ao longo de mais de 500 anos, os portugueses aprimoraram a confecção dos pequenos quadrados de pedra polida, significado da palavra árabe azzelij, e os transformaram em uma das mais características manifestações artísticas do país. Da influência moura à criação de uma identidade própria, tornaram o artefato parte vital da história portuguesa e, ao expandirem os domínios lusitanos, levaram para suas as colônias o hábito de utilizarem azulejos, não apenas em locais húmidos, como em cozinhas e banheiros, mas também à fachadas das casas.

A história do azulejo português é longa e vem desde os tempos da ocupação moura na península Ibérica. Com o aprimoramento das técnicas de confecção, os portugueses foram dando identidade própria a suas criações. De ornamentos de castelos e palácios, reservados aos nobres, extrapolaram esses limites até começarem a ser utilizados em quintas da nascente burguesia lusitana. A partir daí, popularizaram-se rapidamente e tornaram as cidades portuguesas únicas, com suas vastas coleções de diferentes formas, cores e estilos de fabricação.

Cidades como Lisboa e Porto são verdadeiros museus ao céu aberto, com um grande número de construções cobertas total ou parcialmente pelos artefatos. A capital portuguesa abriga, em consequência da importância do azulejo na construção da identidade cultural lusitana, o Museu Nacional do Azulejo, onde será possível conhecer um pouco mais em detalhes a história desse ícone cultural ibérico. É nas ruas, porém, que se pode apreciar a imensa diversidade afixada nos casario português. Nas fachadas, em interiores, ou apenas como detalhes decorativos, tornam um simples passeio pelas estreitas ruas lisboetas, e de muitas outras cidades do país, uma viagem sensorial. Não são apenas mosaicos que embelezam as urbes lusitanas, mas também painéis, pequenos ou imensos, contando histórias da vida do país.
Com certeza, um passeio pelas simpáticas cidades portuguesas acaba se tornando mais demorado, porque parar para observar estas obras de arte é quase que uma obrigação de qualquer visitante. Estão em quase todos os lugares: nas fachada s e interiores de edifícios, nas estações de metrô e trem, dentro das casas; todos conspirando para que um simples passeio se torne uma experiência única e demorada.
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